
Confortáveis, modernas, lindas e com tecnologias cada vez mais avanças e ainda por cima personalizadas. Isso mesmo. Os jogadores podem escrever o nome de alguém para levar a campo para dar aquela forcinha na hora de chutar a bola. Em pleno ano de 2010é assim que são tratadas e confeccionadas as chuteiras dos astros de futebol mundial. Nos dias atuais a nova moda chega até a virar motivo de piada entre os amigos e praticantes do esporte quando alguém opta pela cor rosa para ir ao gramado.
Mas para quem não viveu na época de Garrincha, Pelé e Nilton Santos não sabe o que os primeiros campeões mundiais passaram com calçados totalmente diferentes daquilo comum de ver e se usar por aí hoje em dia. Quando os brasileiros levantaram o título mundial pela primeira vez não havia nada de gracinha para colocar no pé. O pensamento era apenas em marcar gols a favor. As homenagens e comemorações ficaram para depois do jogo. Talvez usar uma boa atadura poderia atadura poderia melhorar um pouco a qualidade da ferramenta.
O blog Na Copa 10 teve acesso a uma relíquia (veja foto) recentemente comprada na Argentina na feira de San Telmo, em Buenos Aires, pelo Arquiteto Sérgio Jorge Braga. A chuteira de modelo popular fabricada no final dos anos 1950 no País onde ela foi adquirida custou cerca de R$300,00 ao colecionador de objetos antigos de futebol. Sérgio jogou futebol amador durante 18 anos pelo Petropolitano Futebol Clube, de Petrópolis-RJ, onde vive até hoje, chegou a ter experiência usando uma deste tipo e explica um pouco como é o modelo antigo.
- As chuteiras desta época eram confeccionadas totalmente em couro, inclusive as travas que normalmente eram apenas sete, três atrás e quatro na frente. O solado e as travas eram fixados através de pequenos pregos que eventualmente obrigava aos jogadores a retirá-las durante as partidas, para que alguns pregos fossem rebatidos, pois espetavam tanto que chegava até a sangrar os pés – contou Sérgio.
O arquiteto que teve enorme vivência no mundo da bola, jogando como um ponta-direita dos bons e apelidado de “Batata” em sua cidade, também lembra uma outra dificuldade imposta pelo velho “pisante” – Como as chuteiras e até mesmo as bolas naquela ocasião eram feitas 100% em couro, quando chovia muito a cada minuto de partida tudo ia ficando mais pesado e difícil de usar, já que o material tinha uma alta absorção da água – lembrou o dono da relíquia.
Com a tecnologia avançando nos últimos tempos foi possível observar uma grande melhora para proporcionar mais qualidade e conforto e se pratique um bom futebol. O par do modelo bem antigo chega a pesar aproximadas 600 gramas, mais de meio quilo. Já na Copa de 1998 houve um bom avanço. O modelo escolhido por de Ronaldo Fenômeno pesava 100 gramas a menos. Pouco antes da Copa de 2006, o Fenômeno usou a vermelha (Veja na primeira foto) que pesava 392. Mas a mais leve de todas é a F50, da Adidas, escolhida por Michel Bastos e Grafite nesta Copa com apenas 165 gramas.

Nenhum comentário:
Postar um comentário