No papo sobre seleção e futebol, Zagallo diz: "Gostaria de ver o Hernanes, meio campo do São Paulo com a camisa da seleção"
Fã de Zagallo, Sasha Santana (veja foto) fez sucesso com jornal guardado da época do tricampeonato mundial em 1970, no México.
Ás vésperas de mais uma Copa do Mundo, o rei dos campeonatos mundiais Mário Jorge Zagallo lançou nesta quarta-feira(9) em uma loja da zona norte do Rio de Janeiro, a sua camisa comemorativa do primeiro título mundial do Brasil na Suécia em 1958. Um dos nomes daquela conquista, mal sabia ele que ali começava uma longa história de amor com a camisa verde e amarela. Único tetracampeão do mundo e muito querido por torcedores de todos os times do Rio de Janeiro, o público compareceu em grande número para prestigia-lo. Considerado um verdadeiro ícone do futebol brasileiro e mundial o ex-treinador foi muito carinhoso com seus fãs posando para fotos distriuindo autógrafos e depois ainda atendendeu a imprensa.
Uma curiosidade marcou o evento. O Desenhista Sasha Santana, de 54 anos apareceu para mostrar a Zagallo o jornal da conquista do tricampeonato do Brasil em 1970. Com muito bom humor o ex-treinador fez questão de autografar a relíquia do colecionador e ainda olhou com carinho a raridade que fez volta-lo ao passado com os olhos vidrados naquela história em que ele fez parte há tanto tempo atrás. O blog Na Copa 10 gravou uma entrevista exclusiva com Sasha que confessou sentir falta do futebol arte e deu os seus pitacos sobre a seleção de Dunga. Confira a entrevista na íntegra em vídeo.
Confira abaixo parte da entrevista com o treinador da Copa de 1970:
A Copa mais difícil:
"Quando você fala em Copa do Mundo todo jogo é difícil. Mas a de 1958 foi a mais importante. Pouca gente viu, mas nós jogamos um futebol fabuloso. Em 1970, como treinador no México foi uma Copa muito difícil. Mas Deus me iluminou e eu fiz uma mudanças radicais o que deu um padrão técnico e tático que levou o time a se acertar muito bem".
Paradinha no pênalti:
"A paradinha não deve existir. É uma covardia um atacante batendo um penalti com paradinha ou paradona, como queiram. A arbitragem mudou porque o no jogo de hoje você tem um confronto mais direto muito maior que antes. O jogo era mais limpo, mais saudável".
Preconceito no futebol:
"Comecei a minha vida no futebol num momento difícil. A sociedade não aceitava o jogador de maneira nenhuma. Jogador era sinônimo de vagabundo. A família da minha namorada na época a qual eu sou casado há mais de 50 anos, era toda contra. Naquela época não tinha tanto dinheiro como hoje. Agora querem que a filha namore um jogador. Em relação a prenconceito racial não presenciei nada na minha vida esportiva".
Falta de nomes como referência:
"Naquela época nós tinhamos Gersón, Tostão, Rivelino, Jairzinho e Pelé. Eu não quero me meter na opção de ninguém. Mas nós temos o Kaká, o Robinho e o Daniel Alves que pode surpreeder. Espero que o Kaká recupere a sua forma física rápido. Os primeiros jogos vão ser importantes para ele recuperar o ritmo de jogo".
Novas revelações Neymar e Ganso:
"Seria um risco muito grande convoca-los. Também não os chamaria. Mas dentro desta tese de novos nomes, eu gostaria de ver o Hernanes do São Paulo com a camisa da seleção".
Favoritos para a Copa: "Este campeonato vai ser muito parelho. Coloco o Brasil ao lado da Argentina, Espanha, Itália e Inglaterra".
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